"A Interpol concordou em rever a sua posição quanto à colocação de Khodorkovsky no registro internacional de pessoas procuradas, com base no processo de assassinato do prefeito de Nefteyugansk. O lado russo foi instado a fornecer materiais adicionais relacionados com este processo", disse o interlocutor da agência.
O porta-voz de Mikhail Khodorkovsky, Kulle Pispanen, afirmou que as informações sobre uma possível revisão da posição da Interpol sobre o ex-chefe da Yukos são falsas.
"Não é a primeira vez que o Comitê de Investigação russo divulga informações falsas para salvar as aparências de luta com Khodorkovsky", disse Pispanen à RBC.
Anteriormente a Interpol recusou incluir Mikhail Khodorkovsky na lista de procurados, porque o estatuto da organização não permite intentar processos ligados a motivos “políticos, militares, religiosos ou racistas”.
O empresário russo vive atualmente fora da Rússia e, segundo a versão da investigação, quando era acionista e diretor da empresa Yukos, Khodorkovsky encarregou os seus funcionários Leonid Nevzlin e Aleksei Pichugin, além de outras pessoas, de matar o prefeito da cidade de Nefteyugansk, Vladimir Petukhov, e o empresário Evgueni Rybin.
A Yukos foi uma das maiores empresas do mundo entre 1996 e 2003 e a maior da Rússia no setor de extração, transporte, refino e distribuição de petróleo.
Em 2004, Khodorkovsky foi considerado o homem mais rico da Rússia e o 16º do mundo. Até ser preso, era considerado um dos mais poderosos oligarcas da Rússia.