Paes afirmou que o momento atual é de desafios, com a entrega de obras e serviços, mas que a Prefeitura tem condições financeiras para cumprir o cronograma. O prefeito do Rio, que é do PMDB, ainda analisou que a atual crise político-econômica atrapalha, mas, até agora, não afetou diretamente a organização dos Jogos Rio 2016, pois todos os políticos sabem da importância do evento para o país.
“Eu tenho dito desde o início desse ambiente político-econômico muito ruim que as Olimpíadas não seriam afetadas por isso. Algumas razões me levavam a crer nisso. Primeiro porque, independente de colorações partidárias, diferenças políticas e ideológicas, 'é golpe', 'não é golpe', 'impicha' ou 'não impicha', eu acho que todos os homens e mulheres públicos brasileiros têm a exata noção da importância desse evento. A Presidenta Dilma, ao longo desses anos, colaborou muito nesse processo. Tenho certeza que todos os atores políticos têm essa visão acerca da importância das Olimpíadas darem certo”.
Sobre o andamento das obras, Eduardo Paes disse que todas estão praticamente concluídas. A mais atrasada seria a do Velódromo, que está 85% concluída. Ele ressaltou que agora a preocupação não é mais com as obras, mas, sim, com toda a estratégia de ação operacional da cidade.
Comentando a queda de parte da Ciclovia Tim Maia, no último dia 21, Paes disse que, apesar de não ser uma obra olímpica, a construção é muito simbólica para a cidade. Ao ser questionado sobre a reconstrução da via antes dos Jogos, ele não garantiu que isso será possível, pois vai aguardar a conclusão da perícia, que sai em 30 dias, para conhecer as causas do acidente e decidir como a Prefeitura deverá agir.
Com respeito à decisão de suspender os pagamentos e proibir o consórcio que fez a ciclovia de entrar em novos processos de licitação, o prefeito explicou que essa foi uma medida preventiva.
“Até que você tenha a identificação clara do responsável e do problema que ocasionou aquela tragédia, especular e apontar nomes é ruim. Está claro que teve um problema de projeto ou um problema de execução, ou os dois juntos. Nós vamos aguardar esse laudo, que inclusive vai ser o instrumento que o município vai se utilizar para agir. Nós tomamos uma decisão, eu não poderia declarar a empresa idônea, porque eu não sei de fato se ela é culpada por ter feito mal um projeto executivo. Vontade não falta, mas tenho que respeitar a lei. O que fizemos foi suspender a possibilidade de essa empresa participar de processos licitatórios da Prefeitura até que essa apuração nossa seja concluída. Foi uma medida preventiva”.
Nesta quarta-feira (27), a chama Olímpica foi recebida oficialmente pelo Brasil, em uma cerimônia em Atenas, na Grécia. Na próxima terça-feira, dia 3 de maio, o símbolo Olímpico chegará ao Brasil para percorrer mais de 300 cidades no revezamento da Tocha, até o dia 4 de agosto, quando chegará ao Rio de Janeiro.
De acordo com o Prefeito Eduardo Paes, após a cerimônia no estádio do Maracanã, a pira Olímpica vai ficar exposta na região portuária do Rio, durante o período dos Jogos. Paes anunciou a novidade devido a limitações no Maracanã, mas disse que será algo positivo, pois democratiza o acesso à pira. A ideia da Prefeitura é transformar a Zona Portuária da cidade em um boulevard olímpico, com atividades culturais e a instalação de telões, para a transmissão das competições.