"O planeta Makemake pertence à classe de corpos celestes raros e, portanto, o satélite descoberto é um evento bastante importante. Ele nós oferece a possibilidade de estudar Makemake de forma mais detalhada, que não seria possível se o planeta não tivesse o satélite", disse Alex Parker do Instituto de investigação do sudoeste (Southwest Research Institute, em inglês) em Boulder, EUA.
Parker e seus colegas estão observando os planetas anões, localizados fora da órbita de Netuno, durante vários anos. O Makemake pertence a esta classe de planetas. É uma pedra bastante grande com o diâmetro de 1,4 mil quilômetros que fica a 52 unidades astronômicas (a distância média entre a Terra e o Sol) do nosso planeta.
Após Brown e Harold Weaver terem descoberto quatro pequenos satélites de Plutão no final de 2000, os cientistas assumiram que o Makemake também poderia ter luas similares. Eles verificaram esta hipótese usando os mesmos métodos que foram utilizados para descobrir as luas de Plutão (Styx, Kerberos, Hydra e Nix) nas imagens do Hubble.
Atualmente a lua de Plutão é pouco conhecida, além do seu tamanho, a órbita "vertical" incomum e o fato de o planeta ter uma superfície muito escura, que quase não reflete a luz. Os cientistas ainda não sabem se o objeto gira numa órbita circular ou eclíptica, se tem a forma duma bola ou de "batata" e qual a sua composição.
A análise de todas estas caraterísticas do MK2, como explicou Parker, vai ajudar a encontrar respostas para muitas perguntas e mistérios de Makemake. Como se formou, de que consiste e como ele conseguiu o satélite, cujo tamanho é quase duas vezes maior que o tamanho das luas de Marte (Phobos e Deimos) e de outros planetas do sistema solar.