Na Rússia dão muita importância a esta inovação, assinala a agência. Já no ano de 2013 o vice-primeiro-ministro da Rússia Dmitry Rogozin disse que quem dominasse as armas hipersônicas mudaria completamente os princípios de condução da guerra.
Os EUA e a China também estão desenvolvendo aparelhos hipersônicos, lembra a edição.
Além disso, a Rússia está desenvolvendo mísseis hipersônicos para navios, incluindo os submarinos atômicos de quinta geração ‘Khaski’. Os mísseis hipersônicos de baseamento marítimo ‘Tsirkon’ entrarão ao serviço já em 2018. Segundo a mídia russa, o bombardeiro estratégico russo PAK DA também será equipado com mísseis hipersônicos.
"As armas hipersônicas são mísseis que voam quatro vezes mais depressa do que a velocidade do som. São capazes de suprimir os sistemas de defesa aérea com êxito, sistemas que estão sendo instalados na Europa e Médio Oriente pelos EUA. (…) Isto preocupa muito o Ocidente", disse Andrei Manoilo à Sputnik.
O ex-analista do Pentágono Mark Schneider disse anteriormente que o programa hipersônico norte-americano é inferior ao da Rússia pela sua envergadura e características técnicas.
Mas, segundo Andrei Manoilo, isso não é verdade.
"Eles não estão atrasados, eles têm os respectivos estudos, avançaram seriamente nesta área. Mas quando nos Estados Unidos começou a crise financeira, todos os estudos inovadores na área militar foram congelados. Isto também abrange os mísseis e aviões hipersônicos. Ao contrário do nosso país que, apesar da crise, aumentou os investimentos nesta área", disse Andrei Manoilo.
Segundo ele, os Estados Unidos serão daqui em diante mais prudentes.
"Os navios americanos que agora estão no Mar Mediterrâneo, no Mar Negro e por todo o mundo começam a se sentir indefesos. Eles sairão das zonas de conflitos. Acho que o famoso porta-aviões Donald Cook, que é visto por toda a parte, será mais prudente", concluiu o cientista político.