Em entrevista à jornalista norte-americana Christiane Amanpour, correspondente-chefe da rede CNN, Dilma Rousseff afirmou que ninguém pode sofrer impedimento por impopularidade.
“Eu estou mais triste porque acho que a pior sensação que existe para qualquer ser humano é a injustiça. Eu estou sendo vítima de uma grande injustiça, que é esse processo de impeachment. Ninguém pode levar um processo de impeachment por impopularidade, porque a impopularidade é cíclica. Se fosse assim, todos os presidentes ou primeiros-ministros da Europa, que tiveram taxas de desemprego de 20%, teriam de sofrer processos de impeachment, porque também tiveram profundas quedas na popularidade.”
Ao ser questionada se acredita que vai conseguir permanecer na Presidência da República após o fim do processo no Senado, Dilma garantiu que vai lutar não só para sobreviver ao processo de impeachment, mas também para manter a democracia no Brasil. E aproveitou para criticar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ):
“Eu lutarei para sobreviver, não só pelo meu mandato, mas pelo fato de que o que eu estou defendendo é o princípio democrático que rege a vida política brasileira. Quem é que fez o impeachment contra mim? Todos que fizeram o impeachment contra mim, os líderes, não estou falando na base que fez, estou falando das lideranças, têm processos e denúncias de corrupção, principalmente o presidente da Câmara.”