Nos anos 60 do século passado o astrônomo americano Francis Drake criou a fórmula que permite calcular o número potencial de civilizações extraterrestres existentes, se baseando em parâmetros conhecidos, como a velocidade da formação de novas estrelas, o número atual das mesmas na galáxia, o número de planetas, inclusive os "gêmeos" da Terra, bem como uma série de parâmetros relacionados aos próprios alienígenas.
"A resposta à pergunta sobre a existência das civilizações avançadas extraterrestres sempre dependeu de três grandes incertezas que há na equação de Drake. Por exemplo, nós sabíamos quantas estrelas existem, mas nós não possuíamos os dados sobre o número dos planetas e quantos deles podem sustentar a vida. Além disso, nós não sabemos com qual frequência surge a vida, com qual frequência se torna inteligente e quanto tempo existe antes de desaparecer", disse Adam Frank, da Universidade de Rochester (EUA).
Frank e o seu colega Woodruff Sullivan tentaram esclarecer a equação de Drake, usando os dados sobre o número de exoplanetas, "gêmeos da Terra" e a sua habitabilidade, colhidos pelo telescópio espacial Kepler nos últimos cinco anos do seu funcionamento na órbita. Este, como dizem os cientistas, permite se livrar da primeira incerteza.
Como dizem Sullivan e Frank, em vez das probabilidades em questão, podemos calcular aquelas que iriam provar que nós somos a única civilização desenvolvida da galáxia ou do Universo e a probabilidade de que somente na Terra a vida poderia evolucionar do nível das bactérias até o nível de seres conscientes. Usando a fórmula precisada de Drake, os cientistas calcularam a probabilidade de que a humanidade está sozinha no Universo.
"Há uma questão fundamental: a vida já surgiu em qualquer outro lugar? Podemos agora pela primeira vez dar a resposta empírica e de uma forma incrível é muito provável que nós e a nossa época não somos o único local na história do Universo em que surgiu vida inteligente", conclui Frank.