No caso de um desastre nuclear, os comprimidos de iodo podem ajudar a aliviar os efeitos do iodo-131, que é um dos elementos radioativos mais prejudiciais que podem ser liberados, apesar de ter uma meia-vida de apenas oito dias. Para se ter uma ideia, estima-se que o iodo-131 tenha causado cerca de 5.000 mortes por câncer de tireoide após o desastre nuclear de Chernobyl em 1986.
No entanto, a decisão das autoridades belgas vem algumas semanas após as advertências sobre a ameaça de que o Daesh (autodenominado Estado Islâmico) fabrique uma "bomba suja" (artefato projetado para espalhar material radioativo sobre uma população) mediante o sequestro de um especialista nuclear. Os temores sobre as centrais nucleares giram em torno de "um acidente em que alguém detone uma bomba no interior de uma usina", afirmou Sébastien Berg, porta-voz da agência federal belga para o controle nuclear.
Além disso, em 26 de março um agente de segurança da usina nuclear da cidade de Charleroi foi assassinado e seu cartão de acesso à central foi roubado.