A OTAN não está à procura de um confronto com a Rússia e não quer uma nova Guerra Fria, disse Jens Stoltenberg, em entrevista ao Die Welt.
"Nós não estamos procurando um confronto com a Rússia. Nós não queremos uma Guerra Fria. Nós não queremos uma corrida armamentista", disse Stoltenberg.
Ele acrescentou que a ação da OTAN na Europa de Leste é uma resposta às ações da Rússia na Crimeia e no Leste da Ucrânia. No entanto, Stoltenberg disse que não vê na Rússia a intenção de atacar qualquer dos países da aliança.
Anteriormente, o comandante supremo das forças da OTAN na Europa, Philip Breedlove, pediu aos EUA para que reforçassem os serviços de informações devido às ações da Rússia. Breedlove declarou a necessidade de usar as tecnologias mais modernas, em particular, os satélites de informações que monitorizam o movimento de tropas.
"O que estamos fazendo agora no Báltico e na Polônia não é um aumento das forças militares", disse Stoltenberg na entrevista, destacando, também, que não vê da parte da Rússia "intenções de atacar qualquer um dos países da OTAN".
"É importante que mantenhamos abertos os canais para o diálogo político e encontremos novos caminhos para diminuir a tensão e prevenir problemas", disse o secretário-geral da aliança.
Logo depois da publicação desta entrevista, o presidente do Comitê para as Relações Exteriores da Duma de Estado (câmara baixa do parlamento russo), Aleksei Pushkov, em resposta às declarações de Stoltenberg, publicou o seguinte:
НАТО не хочет конфронтации с Россией, хол. войны и гонки вооружений, заявил Столтенберг, приближая военные структуры альянса к росс.границам
— Алексей Пушков (@Alexey_Pushkov) 2 мая 2016 г.
"A OTAN não quer confrontos com a Rússia, Guerra Fria, corrida armamentista, disse Stoltenberg, mas aproxima as estruturas da aliança às fronteiras da Rússia"
Aleksei Puskov vê, pois, contradições entre as ações e as palavras do líder da aliança.