O procurador solicitou ao ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo, o desarquivamento de um pedido de investigação feito contra Aécio, no ano passado, pelos mesmos fatos. Segundo Janot, a mudança no entendimento ocorreu porque o doleiro Alberto Youssef omitiu no seu primeiro depoimento de delação a acusação de que o senador seria beneficiário de repasses ilegais em Furnas, empresa estatal subsidiária da Eletrobras.
Segundo o doleiro, em um segundo depoimento, Aécio recebia valores mensais por meio da Bauruense, empresa de sua irmã, que tinha contratos com a estatal. De acordo com Youssef, o PSDB e o PP tinham influência política nas indicações das diretorias da estatal.
Além de Alberto Yousseff, o senador Delcídio do Amaral (MS) também citou Aécio Neves em sua delação. Delcídio disse que o senador recebia “pagamentos ilícitos”.
Janot também cita no pedido enviado ao Supremo uma investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro chamada Operação Norbert, deflagrada em 2007, que apura se Aécio Neves seria beneficiário de uma fundação em Liechtenstein, país considerado como paraíso fiscal.