De acordo com a Agência Brasil, a acusação foi baseada em depoimentos de delação premiada do senador sem partido Delcídio do Amaral (MS), segundo o qual, entre 2007 e 2008, Cunha teria atuado na Câmara para alterar a legislação do setor elétrico, a fim de favorecer a empresa Serra da Carioca II na venda de ações para Furnas. As alterações também teriam favorecido o doleiro Lúcio Funaro, considerado operador financeiro de Cunha, no desvio de dinheiro em contratos de Furnas.
“Sabemos que a organização criminosa é complexa e que, tudo indica, operou muitos anos por meio de variados esquemas estabelecidos dentro de Furnas e da própria Câmara dos Deputados, entre outros órgãos públicos. Essa célula tem como um dos seus líderes o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, do PMDB do Rio de Janeiro" – afirma Janot.
Além disso, Delcídio indicou que Cunha chegou a usar requerimentos para convocar empresários que tinham contratos com a estatal.