Na última segunda-feira, atendendo a uma ordem do juiz Marcel Montalvão, da comarca de Lagarto (SE), as operadoras de telecomunicações brasileiras bloquearam o acesso dos seus clientes à plataforma, gerando grande polêmica em todo o país sobre o real objetivo e eficácia da medida.
WhatsApp x Justiça: o que diz cada um na briga que te deixou 25h "isolado" https://t.co/F66EVStS28
— UOL Notícias (@UOLNoticias) 4 мая 2016 г.
A decisão de Montalvão teve como motivo o fato de a empresa, supostamente, não estar colaborando com a justiça em um processo de tráfico de drogas, que, segundo a Polícia Federal, estaria na dependência da liberação de conversas realizadas através desse aplicativo pertencente ao Facebook para ser levado adiante. Foi exatamente por essa razão que, em março, esse mesmo juiz havia mandado prender o vice-presidente do Facebook para a América Latina, Diego Dzodan. Tanto na época como agora, a companhia alegou que está, sim, colaborando com as investigações, mas que, por motivos tecnológicos, não consegue acessar nem disponibilizar o conteúdo das mensagens enviadas pela plataforma.
"Ele é o mesmo do caso da prisão injusta do vice-presidente do Facebook para a América Latina, Diego Dzodan,em 1º-03-2016"@DCM_online
— MilitarDaDemocracia (@nedicr56) 2 мая 2016 г.
Para muitos brasileiros, além da validade da suspensão do aplicativo ser discutível do ponto de vista legal, ela acabou penalizando muito mais os usuários do serviço do que a companhia em si.
Na terça-feira, no entanto, para a alegria de 100 milhões de clientes, o aplicativo voltou a funcionar, por decisão do desembargador Ricardo Múcio Santana de Abreu Lima, do Tribunal de Justiça do Sergipe, que ordenou o desbloqueio.