Maduro não impedirá tentativa de derrubá-lo

© AFP 2023 / JUAN BARRETOPresidente da Venezuela Nicolas Maduro mostra a Constituição do páis na ceremônia de inauguração da Comissão de Verdade e Justiça
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O presidente da Venezuela Nicolás Maduro afirmou que não se oporá ao referendo sobre a cassação do seu mandato presidencial - se o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) validar as planilhas com 1,85 milhão de assinaturas, quase dez vezes mais do que as 195.721 exigidas para solicitar o início do processo de consulta, informa a agência France Presse.

No dia anterior, as 80 caixas com planilhas foram entregues ao CNE pela opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), que controla o Parlamento. Segundo o seu representante nesse órgão eleitoral, Vicente Bello, a oposição prevê que as assinaturas para ativar o referendo contra o presidente Nicolás Maduro começarão a ser revisadas hoje (4).

“Se nessa segunda etapa eles (CNE) digam, que as assinaturas foram devidamente coletadas, passamos a referendo, e pronto”, comentou essa iniciativa presidente venezuelano pela rádio poucas horas antes de CNE começar as tramitações necessárias.

O CNE ainda não comentou sobre quando começará o processo de verificação, nem sobre os prazos.

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Segundo a legislação, o CNE tem cinco dias para revisar as planilhas e depois convocar os signatários a ratificar seu apoio com a impressão digital em outros cinco dias. Só depois deste procedimento é que se autorizará a coleta de quatro milhões de assinaturas exigidas para convocar o referendo.

Para revogar o mandato de Maduro no referendo, é necessário obter mais dos 7,5 milhões de votos, com os quais foi eleito após a morte do seu antecessor, Hugo Chávez, em 2013. Se a oposição conseguir o resultado desejado no referendo ainda este ano, as eleições presidenciais antecipadas deverão ser marcadas. Se o processo demorar até 2017, Aristóbulo Istúriz Almeida, atual vice do Maduro o substituirá no poder até o próximo plebiscito regular em 2019.

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