Até o momento, a OTAN não se envolvia diretamente no combate contra o Daesh, mesmo que muitos de integrantes do bloco tenham participado de ataques aéreos comandado pelos EUA. A ideia de Washington visa mudar esta situação.
Os aviões AWACS podem “servir como centros de coordenação para operações de ataques aéreos” da coalizão liderada pelos Estados Unidos, explicam os jornalistas. Se a OTAN consentir, soldados da Luftwaffe, que constituem um terço de equipes de radares-voadores, participarão da campanha militar no estrangeiro.
Na semana passada, o presidente estadunidense opinou que a Aliança tem que intensificar seus esforços anti-Daesh.
“Mesmo que os países europeus contribuam significativamente [no combate ao Daesh], a Europa, inclusive a OTAN, pode fazer ainda mais”, disse Obama durante a sua visita à Alemanha no abril passado, revelando ainda seus planos de ampliar significativamente a presença dos militares estadunidenses na Síria.
“Na Síria e no Iraque, precisamos de uma contribuição maior das nações na campanha aérea. Precisamos que um maior número de países contribua enviando instrutores para ajudar nas preparações de militares nacionais do Iraque. Precisamos de maior participação das nações na contribuição e assistência econômica ao Iraque, para que o país possa estabilizar a situação nos territórios liberados e quebrar esse ciclo de extremismo violente, e para que o ISIS [outro nome do Daesh] não volte mais”, disse Obama.
Aviões Boeing E-3 Sentry, conhecidos como AWACS, têm capacidades de vigilância, comando, controle e comunicações para qualquer condição climática e meteorológica. 16 aviões AWACS da Aliança são baseados na base aérea de Geilenkirchen na Alemanha.