Uma aspiração de reescrever a história é uma tentativa de vencer a sua própria identidade, e silenciar os crimes dos nacionalistas ucranianos durante a Segunda Guerra Mundial. Isto vai levar a uma deturpação da história em grandes proporções, diz a edição americana Foreign Policy.
"Defendendo a história nacionalista e revisionista, Vyatrovich modifica a história moderna da Ucrânia para reabilitar os grupos nacionalistas ucranianos envolvidos no Holocausto e a limpeza étnica maciça de poloneses", diz o artigo.
O revisionismo na Ucrânia junta em torno de dois grupos nacionalistas: da Organização dos Nacionalistas Ucranianos e do Exército Insurreto Ucraniano (ambos são proibidos na Rússia), escreve a revista. Durante a guerra, esses grupos mataram dezenas de milhares de judeus e executaram uma campanha brutal de limpeza étnica que matou pelo menos 100 mil poloneses, de acordo com o material.
O Instituto da Memória Nacional apresenta a história da Segunda Guerra Mundial, colocando os acentos nos crimes alegadamente cometidos pelo regime soviético e glorificando as combatentes pela independência da Ucrânia. Ao mesmo tempo, o papel das nacionalistas ucranianos nos atos de limpeza étnica de poloneses e judeus em 1941-1945, após a invasão nazista no território da antiga União Soviética, é silenciada, diz o artigo.
"Por isso, o Instituto é apenas um abrigo para promover uma visão unilateral e não objetivo da história moderna da Ucrânia", resume a edição.
Esta lei foi alvo de muita polêmica tanto por parte da sociedade ucraniana, como por parte de outros vários países, por exemplo, pela Polônia.