O estudo foi publicado na revista Frontiers in Pediatrics.
"O folclore e, às vezes, até histórias contadas em ambiente médico indicam que as fases da Lua influenciam o modo como os problemas psíquicos de homens e animais se manifestam. Independentemente do grau de verdade destas afirmações, o mistério da Lua sempre nos interessou ao longo de séculos", disse Jean-Philippe Chaput do Instituto de Pesquisa de Ontário de Leste, em Ottawa (Canadá).
Como explica Chaput, a equipe escolheu as crianças como alvo do estudo porque estas são muito mais propensas a drásticas mudanças de estados de espírito, e também porque elas precisam muito mais de sono, nelas a falta de sono influencia bastante mais o seu bem-estar e humor.
"Os nossos resultados são o argumento mais evidente de que a Lua não afeta o comportamento de uma pessoa. A única mudança é esse 1% na duração de sono, mas pode ser explicado pelo fato de que no nosso estudo participou muita gente. Em geral, eu acho que não devemos nos preocupar com a Lua cheia e com transformação em "lobisomens". O nosso comportamento é em maior medida afetado pelos genes, educação, nível de renda e outros aspetos sociais, e não pelas interações entre a Terra e o seu satélite", conclui Chaput.