O núcleo funcionava era responsável, há anos, peloa recolhimento de amostras de sangue para identificação de DNA de pessoas desaparecidas na Argentina e no exterior. Segundo a organização humanitária Avós da Praça de Maio, cerca de 500 bebês, filhos de ativistas políticos, foram roubados quando suas mães deram à luz em prisões clandestinas durante os anos da ditadura militar. Muitas dessas crianças foram adotadas por casais ligados aos círculos militares e depois receberam novas identidades. O trabalho do núcleo possibilitou reencontrar 119 dessas crianças até hoje. O fechamento foi determinado após mudanças anunciadas no Ministério da Segurança na última sexta-feira, 6.
As Avós da Praça de Maio solicitaram ao presidente Maurício Macri a adoção das medidas necessárias para "reverter essa grave decisão", sob pena de a organização denunciar o fechamento junto à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Segundo a ONG, o Grupo Especializado em Assistência Jurídica foi criado para impedir que a coleta de amostras de sangue ficassem à disposição das forças de segurança, acusadas de cumplicidade no sequestro dessas crianças. Comunicado das Avós da Praça de Maio afirma que "este setor (o grupo especializado) tem tido um papel fundamental na pesquisa documental e na produção de relatórios para auxiliar as investigações criminais por crimes contra a a humanidade".