As autoridades chinesas não deram qualquer explicação para não autorizarem a paragem do USS John C. Stennis em Hong Kong no dia 28 de abril.
No entanto, The Epoch Times revisou a mídia chinesa e disse que tal foi uma "punição" dos EUA por estes levarem a cabo provocações na região.
O site cita um artigo da agência oficial chinesa de notícias Xinhua com a manchete "Os militares dos EUA não devem ficar surpreendidos por a visita do Stennis a Hong Kong ter sido recusada."
A agência apela aos Estados Unidos para "pensarem sobre o que fizeram erradamente e que levou à recusa de receber o convidado com cortesia."
"Por que não olharmos primeiro para as ações do Stennis?”, sugere o Xinhua, enumerando uma série de exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul e Filipinas.
"Isto foi uma pequena punição por os militares dos EUA serem uns provocadores", lê-se no artigo, que cita fontes militares não especificadas.
O site destacou que a Frota do Pacífico dos Estados Unidos tornou-se a maior "fonte da mentalidade pessimista para ambos os países".
"Apesar de eles se acostumarem a ignorar os direitos humanos, tal como as divergências comerciais e diplomáticas nas zonas estrategicamente importantes do mundo, os EUA começaram a reforçar a sua presença militar ameaçadora contra os interesses marítimos da China, mostrando a sua força militar, enviando navios e aviões de guerra para a China", diz ele.
“Isso pode mudar as relações sino-americanas, devido às divergências estratégicas graves e aos problemas militares sem precedentes entre os dois países”, escreve o site.
"Os militares dos EUA devem manter a distância na área dos interesses centrais de Pequim", prossegue o autor do artigo.
Outro site de notícias com sede nos EUA, o The Navy Times também comentou esta recusa.
"O pedido de porta-aviões o USS John C. Stennis de parar em Hong Kong foi negado exatamente por causa das patrulhas frequentes e atividade da Marinha dos Estados Unidos na região, que estão desafiando as interesses de Pequim", ele citou Zhiqun Zhu, um cientista político que dirige o Instituto Chinês na Universidade Bucknell na Pensilvânia.
"Isto é uma declaração política. Eu acho que Pequim quer ver uma diminuição das atividades militares dos EUA na região", acrescentou.
O analista político também reconheceu que o envolvimento militar dos EUA no Mar do Sul da China, especialmente a possibilidade da Marinha os EUA operar livremente, complicou as condições e empurra outros participantes do conflito, especialmente as Filipinas, a se colocarem contra a China.
A maioria tem recebido autorização durante, houve apenas algumas recusas, o que aconteceu quando houve um congelamento nas relações sino-americanas.
The Global Times diz que a China não indica suas razões e que isso foi considerado como um gesto diplomático para expressar a sua insatisfação, bem como assumir o controle das divergências bilaterais.
O site, entretanto, tem apelado mais uma vez aos EUA a "pensar sobre a sua atividade militar no Mar do Sul da China".