“Vocês tornaram-se um símbolo de resistência, firmeza, de luta pela soberania do país, pelos interesses e pela conservação da identidade nacional do povo cubano e pelo direito de ter um modelo próprio de desenvolvimento. Vemos que, na base destes princípios, se realiza o processo da normalização das relações entre Cuba e os EUA. E esta tendência merece respeito”, disse Lavrov no encontro com Gerardo Hernández, Antonio Guerrero, Ramón Labanino, Fernando Gonzáles e René Gonzáles.
“Sabemos que vocês estão participando ativamente no processo da reorganização em Cuba, elaborando a diplomacia social. O seu potencial é útil para o desenvolvimento da amizade e cooperação ente os nossos povos”, adicionou Lavrov.
“Quero agradecer à Rússia pelo apoio, que ela expressou durante anos de luta pela justiça, agradecer ao governo da Rússia bem como ao povo que nos apoiaram”, declarou Hernández.
Em 1992, os agentes de inteligência Gerardo Hernández, Antonio Guerrero, Ramón Labanino, Fernando Gonzáles e René Gonzáles foram introduzidos em organizações anti-Castro na Flórida para “informar oportunamente o governo de Cuba sobre a preparação de ataques, sem que isso causasse qualquer dano aos EUA”. Seis anos depois, eles foram denunciados como espiões e condenados a 15 anos de prisão e duas reclusões perpétuas. Cumprida a pena, Fernando Gonzáles e René Gonzáles voltaram a Cuba e foram recebidos como heróis. Os restantes chegaram à ilha em 2014, no âmbito de uma troca, quando começou o restabelecimento das relações entre os dois países.