Com a decisão, Delcídio passa a ficar inelegível por oito anos, a contar a partir do fim de seu atual mandato, que deveria terminar em 2018. Ou seja, o ex-senador não poderá concorrer à cargos eletivos pelos próximos 11 anos.
Para aprovar a cassação, eram necessários, pelo menos, 41 votos dos 76 senadores que participaram da sessão. A única abstenção foi do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que não votou. Cinco senadores faltaram à votação.
A sessão foi aberta por Renan, após as falas de integrantes do Conselho de Ética e da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Delcídio não compareceu nem enviou defesa ao plenário.
O pedido de cassação de mandato por quebra de decoro parlamentar foi protocolado em dezembro do ano passado pela Rede Sustentabilidade e pelo PPS, logo após o senador ter sido preso por obstrução da Justiça.
Ex-líder do governo Dilma Rousseff, ele foi flagrado em conversa com o filho do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, oferecendo propina e um plano de fuga para que Nestor Cerveró, ex-presidente da Petrobras, não firmasse acordo de delação premiada com o Ministério Público no âmbito da Operação Lava Jato.
O senador disse ainda que a tentativa de atrapalhar as investigações da Lava Jato foi feita a pedido do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Rousseff. Ambos negaram as acusações, afirmando que o senador agiu por vingança.