Na tarde de ontem, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, apresentou um recurso junto ao Tribunal solicitando a anulação do processo, com base na acusação de desvio de poder contra o então presidente da Câmara dos Deputados que deu seguimento ao processo, Eduardo Cunha.
Segundo Cardozo, o impeachment não teria avançado caso não fosse conduzido com desvio de poder por parte do ex-presidente da Câmara, que teria agido por interesse pessoal ao aceitar o pedido de impedimento contra a presidenta da República, retaliando o governo por não apoiá-lo em sua tentativa de se livrar do processo de cassação no Conselho de Ética, onde responde por esconder contas secretas no exterior, nas quais teriam sido depositados valores desviados da Petrobras.
Cunha foi afastado de suas funções pelo próprio ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato, por entender que o parlamentar estava atrapalhando as investigações.