Oficialmente Trump será nomeado ao cargo presidencial em julho, no congresso do partido republicano. Levando em conta que nas próximas eleições primárias não haverá nenhuma alternativa a Trump, ele conseguirá obter facilmente o número necessário de votos (1237). Mas a competição com a ex-secretária de Estado Hillary Clinton será muito mais difícil e este é o principal problema para o famoso homem de negócios e "show man".
O primeiro-ministro da Grã-Bretanha David Cameron disse que não planeja se desculpar perante Trump por ter qualificado as declarações deste último sobre os muçulmanos de “tolas e erróneas”. Anteriormente, Trump apelou a proibir a entrada de muçulmanos nos EUA e disse que em Londres “há locais com tal nível de radicalização que os policiais lá temem pela sua própria vida”. Logo depois disso, uma petição para proibir a entrança do bilionário no Reino Unido conseguiu colher 100 mil assinaturas para ser debatida no Parlamento. Mas os parlamentares não apoiaram esta ideia.
Berlim também critica as ações de Trump. O ministro alemão Frank-Walter Steinmeier exprimiu preocupações com a cooperação entre a Alemanha e os Estados Unidos frente às eleições presidenciais. “Nós não sabemos concretamente como a política externa dos EUA mudará, muito depende dos resultados das eleições”, disse Steinmeier ao canal alemão ARD. Ele sublinhou que, caso Hillary Clinton seja eleita, é provável que a cooperação no palco internacional continue.
“Estou certo que dentro em pouco vamos ter saudades de Barak Obama”, disse o ministro alemão, lembrando o trabalho conjunto com os Estados Unidos no Irã e para resolver a crise síria.
O primeiro-ministro francês, na sexta-feira (6) caracterizou Trump como “uma pessoa má”. Ele criticou Trump severamente por “atiçar o ódio” por causa das suas declarações sobre a proibição da entrada de muçulmanos aos EUA.
Apesar de tudo, vários dirigentes mundiais escolheram uma estratégia mais branda para com o possível futuro presidente dos Estados Unidos. Por exemplo, o primeiro-ministro da Canadá, Justin Trudeau, declarou que a cooperação do Canadá com os EUA não dependerá da personalidade do presidente. Segundo ele, as relações entre dois países permanecerão fortes e duradouros.
Moscou está disposta a trabalhar com qualquer líder americano. Como declarou o chanceler russo, Sergei Lavrov, em uma entrevista à RIA Novosti, a Rússia espera que o novo presidente americano entenda a importância da cooperação entre Moscou e Washington.