“[Durante o encontro] a coisa mais importante foi que todos querem cumprir os acordos assinados em fevereiro do ano passado pelos líderes de quatro países sobre a segurança, retirada das tropas, ajuda humanitária, recuperação económica e comunicação, bem como os assuntos da regulação desta crise”, disse o ministro aos jornalistas depois do encontro.
Segundo ele, existe um conjunto dos acordos sobre a segurança, regime de cessar-fogo, retirada das tropas e o controlo reforçado sobre as armas em depósitos.
Na sua parte, o ministro da Alemanha Frank-Walter Steinmeier declarou que estas negociações foram difíceis, mas que a atmosfera foi melhor em comparação com a de março.
“As negociações foram difíceis mais uma vez. Posso dizer que a atmosfera foi melhor do que dois meses atrás em Paris”, disse ele.
O Quarteto da Normandia é constituido pela Rússia, Ucrânia, Alemanha e França.
A questão da solução do conflito está sendo discutida, inclusive no âmbito dos encontros do grupo de contato em Minsk que desde setembro de 2014 já aprovou três documentos que regulamentam os passos de diminuição da tensão, inclusive a. Porém, os dois lados do conflito denunciam violações regulares da trégua alcançada.
O último documento – de 12 de fevereiro – prevê um cessar-fogo total no leste da Ucrânia, a retirada de armas pesadas da linha de contato e criação de uma zona de segurança, assim como uma reforma constitucional com a entrada em vigor até o final do ano de 2015 de uma nova Constituição. Esta deve ter a descentralização como elemento-chave (tendo em conta as particularidades das regiões de Donetsk e Lugansk, acordadas com os representantes destas áreas), devendo também ser aprovada legislação sobre o estatuto especial de Donetsk e Lugansk.
Os dois lados não conseguiram cumprir os acordos até o final de 2015, conforme estava previsto inicialmente. Então, o prazo de realização dos acordos foi prolongado para 2016.