A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, não esperou o fim da votação sobre o impeachment no Senado e já tinha mandado transportar seus bens do Palácio Presidencial para sua residência privada. A edição Estadão destaca que do Palácio Presidencial já foram levados vários quadros e pertences de Dilma.
Lazar Jeifets, Doutor em Ciências Históricas, professor da Universidade Estatal de São Petersburgo dos Estudos Americanos comentou esta situação à Sputnik.
"O fato que Dilma Rousseff fez as malas disse que ela apenas lamenta que este ‘traidor’ [vice-presidente Michel Temer] vá olhar para suas pinturas e suas coisas. Ela ainda não perdeu suas possibilidades, agora não se trata de que Dilma perca o cargo de presidente. Isto é um afastamento temporário das suas competências – um afastamento para inquérito. O presidente tem imunidade, não se pode realizar uma instrução contra o atual chefe do estado. Estes 180 dias da suspensão foi deixados para fazê-lo", disse Lazar Jeifets.
"[Dilma] Rousseff não tem outra opção, ela irá cooperar com inquérito. E no Senado claramente se observa motivação festa simples. Os deputados da Câmara Baixa e o Senado votam não porque têm a certeza de sua culpa, mas porque os interesses de seus partidos políticos exigem o seu afastamento. Mas, eu julgo que obter o poder nestes 180 dias nesta situação socioeconômica e política não é a sorte. Durante estes 180 dias é preciso fazer algo extraordinário para mostrar que eles controlam o país melhor do que Dilma Rousseff e seu antecessor Lula da Silva, o que é pouco provável", disse Lazar Jeifets.