Especialistas dos EUA acreditam que o navio de reconhecimento suborbital Boeing X-37 (X-37B Veículo Orbital de Teste, ou VOT), criado em colaboração com NASA, é projetado para testar a destruição de satélites, comunica Space.com citando fontes. Ao mesmo tempo, um dos objetivos deste navio espacial é testar a eficácia econômica de tais ações em comparação com a de uso de mísseis.
A criação do aparelho tinha sido efetuada conjuntamente pela NASA e Boeing, desde 1999. Foi provável que ele pode reparar satélites próximos da Terra a uma distância de 700 km. No entanto, depois de cinco anos o programa se tornou secreto e foi transferido para a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa de EUA (DARPA).
O conselheiro principal do Instituto de Estudos Estratégicos da Rússia, analista político Vladimir Kozin, julga que o projeto teve fins militares desde o início.
"Este experimento foi realizado não pela primeira vez. Este navio tem um enorme compartimento para cargas, que pode servir para armas espaciais ofensivas de classe ‘espaço-espaço’, são sistemas anti-satélites, ou de classe ’espaço-terra’, isto é meio de combate que podem ser usados a partir do espaço conta os objetos na superfície da Terra. Por isso, isto é uma programa militar. E é de longo prazo", disse Vladimir Kozin à Radio Sputnik.
Segundo ele, os EUA pretendem criar no espaço uma verdadeira base militar.
"Os Estados Unidos tencionam, ignorando até mesmo os seus ‘favoritos aliados’ em OTAN, criarem sozinhos uma base espacial militar para o futuro. Mas não em forma de contos de Donald Reagan ou de `Star Wars` do realizador [George] Lucas, serão as armas espaciais reais. Tenha em conta este fato: quando Barack Obama ainda não foi o presidente dos EUA, e foi apenas um dos candidatos, ele queria negocias com a Rússia sobre os sistemas anti-satélites, que tinham lugar nos anos de 70, mas foram interrompidos pelos americanos unilateralmente. Mas, como nos podemos ver, durante a sua presidência, ele [Barack Obama] não se aproximou a resolução deste problema. Só repetir o mesmo muitas vezes sem resultados", disse o analista.
"É claro, que lá podem ser om sistemas militares, mas não de combate, de choque, ou seja os satélites de informações, satélites meteorológicos, de navegação, mas sem lançamento das armas ao espaço. Os americanos querem dominar nesta esfera da atividade humana, e estar lá o únicos monopolistas militares", concluiu Vladimir Kozin.