Segundo a OMS, 98% das cidades com mais de 100 mil habitantes em países de renda média ou baixa estão com a qualidade em níveis abaixo dos recomendados, enquanto nos países de renda alta estes índices são de 56%. “Apesar de todas as regiões do mundo serem afetadas, os moradores das cidades de baixa renda são os que mais sofrem as consequências”, observa o estudo.
Os níveis de contaminação atmosférica mais elevados foram detectados nos países de renda baixa e média do Mediterrâneo Oriental e do Sudeste Asiático, onde os padrões anuais médios estão de cinco a dez vezes acima dos limites determinados pela OMS.
De acordo com a organização, altas concentrações de pequenas partículas e de partículas finas, contendo sulfato, nitratos e carbono negro, aumentam o risco de doenças como acidente vascular cerebral, doenças do coração, câncer de pulmão e doenças respiratórias, responsáveis por mais de três milhões de mortes por ano no mundo.
Cidades como Riad, Nova Délhi, Cairo e Pequim estão entre as cidades com o ar mais saturado de altas concentrações de pequenas partículas, enquanto na Europa a maior contaminação é de partículas finas e ultrafinas. Londres, Genebra, Paris e Roma estão entre as capitais mais poluídas do continente.
Para melhorar a qualidade do ar, a OMS recomenda a limitação de emissões das indústrias, aumento da utilização de energias renováveis e incentivo ao transporte público e às ciclovias.