Nesta situação difícil, nem todos pensam nas pessoas simples. Ao falar sobre o ambiente militar e político a mídia se esquece da vida dos civis, que têm as suas próprias necessidades, desejos, metas, tarefas… e sonhos.
As crianças na Síria, apesar da catástrofe econômica e humanitária nem pensam em desistir dos sonhos proprios da sua idade. Com a sua inocência e fé sincera, elas não deixam que a guerra lhes roube os sonhos.
Zena Id, 12 anos de idade, sonha em voltar para o seu antigo bairro para jogar com os amigos na rua.
"Eu quero ser professora, porque os professores criam tudo. Espero que o meu sonho seja alcançado", disse Zena.
Outra menina, Rifakh Zhabil, gosta de desenhar, fazer ginástica, bordar.
"Eu quero ser engenheira na área de design de interiores" diz Rifakh.
Aya Abbas, que está no quarto ano, também sonhava ser professora mas a guerra mudou o seu sonho.
"Antes, eu queria ser professora mas agora quero ser médica e tratar de todos", disse Aya.
O jovem jogador de basquetebol, Zein parou de praticar esporte quando a guerra começou. Segundo ele, a mãe não o deixa jogar no campo, porque tem medo que o filho possa ser sequestrado. "O meu sonho é ser ator" — disse Zein.
"Eu gostava que na Síria não deixassem de sonhar, porque o sonho é a base da vida… espero que os sírios se tornem um exemplo para todos os povos", diz Saramdi Safiya, 14 anos.
O pequeno Bashar Al-Fureikh tem só um sonho, ele quer voltar a andar a escola com os seus amigos. Bashar teve que deixar a escola assim que os militantes do Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia) ocuparam a cidade de Meyadin, na província de Deir ez-Zor.