Maduro classificou a abertura do processo de impeachment de Dilma de “golpe de Estado”, e disse que o mesmo representa "uma canalhice contra ela, contra sua honra, contra a democracia, contra o povo brasileiro".
"Pedi ao nosso embaixador no Brasil, Alberto Castellar, que venha para Caracas" – disse Nicolas Maduro. "Estivemos a avaliar (…) esta dolorosa página da história do Brasil (…). Quiseram apagar a história com uma jogada totalmente injusta com uma mulher que foi a primeira presidente que teve o Brasil" – afirmou.
No mesmo dia, o Itamaraty, agora comandado por José Serra, emitiu declarações rechaçando as opiniões manifestadas por líderes da região com relação ao afastamento da presidenta. Em nota, o Itamaraty disse “rejeitar com veemência” o que classificou como propagação de falsidades por partes desses governos em relação ao impeachment.
Não se sabe ainda se a convocação do embaixador venezuelano trata de sua retirada permanente do Brasil ou de uma consulta. Sabe-se, no entanto, que na hora do anúncio, Castellar já havia se reunido com Maduro em Caracas.
Consultados pela agência Efe, porta-vozes do Ministério das Relações do Brasil disseram que ainda não se sabe o anúncio de Maduro terá uma resposta por parte da diplomacia brasileira.