As principais manifestações estão planejadas para terça (17) e quinta-feira (19), com protestos convocados por sete sindicatos de trabalhadores e de estudantes, que acreditam que a aprovação da reforma sem votação reforça a necessidade de "ampliar as mobilizações" que vêm sendo realizadas há mais de dois meses.
A proposta de lei foi aprovada por decreto na terça-feira (10) na Assembleia Nacional e seguiu para o Senado. A opção do governo de impor a não-votação do texto levou a oposição de centro-direita a apresentar uma moção de censura ao governo do presidente socialista François Hollande, vencida na quinta-feira.
A reforma da lei trabalhista, apresentada como a última grande reforma do governo de Hollande, é considerada pelos sindicatos como “muito liberal”, favorecendo as empresas e desprotegendo os trabalhadores.
Uma pesquisa de opinião divulgada no domingo concluiu que mais de metade (56%) dos franceses apoia os protestos contra a reforma trabalhista, embora haja uma distinção clara entre os entrevistados de esquerda (67%) e de direita (33%) que apoiam o protesto.
Além das manifestações, várias greves estão previstas nos setores dos transportes – viários, ferroviários e aéreos —, principalmente na terça, quarta e quinta-feira.