Este residente de Adra, cujo nome não foi revelado por razões de segurança, acordou de manhã sem saber que na cidade haviam entrado militantes islâmicos armados. Segundo ele, após mensagens do seu vizinho, ele olhou da janela e viu na rua homens barbudos em roupas estranhas.
"Fomos levados para a prisão at-Tauba na cidade de Duma. Quando chegamos, cada prisioneiro recebeu um número individual, e, em seguida, fomos levados para o trabalho. Nós escavamos trincheiras e túneis subterrâneos, afirmou o ex-prisioneiro.
Os terroristas não alimentavam os prisioneiros devidamente e os exploraram em diferentes trabalhos. Eles tinham direito de ir ao banheiro apenas duas vezes por dia, de manhã e à noite.
"Nós éramos alimentados apenas uma vez por dia. A comida era podre e não servia para alimentação. Tudo o que os terroristas não podiam comer, eles entregaram a nós. Devido à fome tínhamos que comer tudo… apenas para acordar no dia seguinte" contou o ex-refém.
Mesmo as mulheres eram torturadas. De acordo com uma testemunha, os militantes levaram algumas mulheres para a sala de tortura, de onde, em seguida, eram ouvidos gritos.
"Eu tentei fugir várias vezes, mas não deu. Sempre algo impediu. No final das contas, uma noite eu consegui escapar. Eu corri para o lado onde ficaram as tropas governamentais sírias", concluiu ele.
Em 11 de maio deste ano, no Conselho de Segurança da ONU, países como os Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e Ucrânia bloquearam a iniciativa da Rússia de incluir os grupos extremistas armados Jaish al-Islam e Ahrar al-Sham na lista das organizações terroristas.