Para o Presidente do Senado, o fim do Ministério da Cultura significa um retrocesso para o Brasil.
“Eu acho que o Ministério da Cultura é muito relevante para ser reduzido a uma questão contábil, orçamentária. O Ministério da Cultura não vai quebrar o Brasil, mas a sua extinção quebrará a nação, porque coloniza a sociedade, e é muito ruim. Isso não pode significar um retrocesso.”
Na primeira medida provisória editada pelo governo interino, Temer reduziu de 32 para 23 o número de ministérios, sendo a Cultura uma das pastas extintas e as suas atribuições foram incorporadas ao Ministério da Educação. Calheiros disse ainda para a imprensa, que se comprometeu a conduzir o processo de recriação do Ministério da Cultura, como Presidente do Congresso.
Segundo Renan Calheiros, Temer ficou de refletir, mas nesta quarta-feira (18), o presidente interino nomeou o diplomata Marcelo Calero, de 33 anos, para chefiar a Secretaria de Cultura do novo Ministério da Educação e Cultura.
Calero, que ingressou na carreia diplomática no Itamaraty em 2007, atuava desde o ano passado, como secretário Municipal de Cultura do Rio de Janeiro.
O novo secretário de cultura do Ministério da Educação e Cultura, chegou em 2013 à Prefeitura do Rio para trabalhar na gestão do prefeito Eduardo Paes, e comandou as celebrações dos 450 anos da capital carioca.
Desde que a extinção do Ministério da Cultura foi anunciada, a questão tem sido alvo de diversas manifestações de artistas e representantes do setor em várias capitais do país, através de ocupações de órgãos federais.