Presidente da OEA não é agente da CIA e Maduro 'está louco como uma cabra', diz Mujica

© REUTERS / Miraflores Palace/Handout via ReutersPresidente da Venezuela, Nicolas Maduro
Presidente da Venezuela, Nicolas Maduro - Sputnik Brasil
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O ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica, disse que o presidente Nicolas Maduro está "louco como uma cabra" quando afirma que o atual secretário da Organização dos Estados Americanos (OEA), o uruguaio Luis Almagro, é um traidor e um agente da CIA. As declarações foram relatadas pelo site de notícias uruguaio Subrayado.

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Almagro, que também é ex-chanceler de Mujica, “não é nenhum traidor”, segundo o ex-presidente. “É um advogado, um escravo do Direito”, acrescentou.

Mujica, que compartilha com Almagro o mesmo setor da coalizão de governo Frente Ampla, no Uruguai, havia retirado seu apoio político ao ex-chanceler justamente pelas críticas que este fizera à Venezuela e ao governo Maduro desde que chegou à OEA.

Segundo o Subrayado, Mujica disse que respeita o líder venezuelano, mas que “isso não equivale a não lhe dizer que está louco, louco como uma cabra”.

“Estão todos loucos na Venezuela. Dizem qualquer coisa e assim não vão conseguir nada”, completou o ex-presidente uruguaio. 

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Maduro, que recentemente declarou “estado de exceção e de emergência econômica” na Venezuela, vem enfrentando grandes protestos da oposição, que deseja a realização de um referendo revogatório para tirar o líder bolivariano do poder. 

Na quarta-feira (18), Almagro publicou uma carta aberta a Maduro, na qual afirmou que o presidente “tem um imperativo de decência pública de fazer o referendo revogatório em 2016".

"Negar a consulta ao povo, negar-lhe a possibilidade de decidir, transforma você em um ditadorzinho a mais, como tantos outros que o continente teve", continuou o diplomata uruguaio.

Um dia após o presidente venezuelano tê-lo acusado de estar a serviço da agência de inteligência norte-americana, a CIA, Almagro acusou Maduro de mentiroso, defendeu a libertação dos "presos políticos" e a devolução do "poder legítimo" ao Parlamento venezuelano, que teve seus poderes constitucionais reduzidos pelo Supremo Tribunal do país depois de se formar com maioria opositora em eleições abertas.

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