De acordo com Paim, "a frente parlamentar vai ampliar e fortalecer o diálogo social dos representantes dos trabalhadores com os parlamentares frente ao novo governo."
Em Plenário, a senadora Fátima Bezerra (PT-RN) comemorou a medida, que segundo ela vai defender os direitos dos trabalhadores, combatendo propostas de legislação que venham limitar ou reduzam direitos já conquistados pela sociedade.
“A frente foi lançada com o objetivo muito claro, especialmente nesse momento dramático pelo qual passa o país. Um governo golpista, usurpador, que infelizmente é fruto de um golpe parlamentar, um golpe de Estado, que apresenta ao Brasil um projeto, um plano que tem várias iniciativas que atacam os direitos sociais dos trabalhadores. Mais do que nunca nós temos que saudar o nascimento de mais essa Frente Parlamentar, que o objetivo de enfrentar os retrocessos sociais, previdenciários e trabalhistas, que estão sendo inclusive colocados em prática agora em uma velocidade grande pelo governo provisório, interino, pelo governo golpista do senhor Michel Temer.”
Entre as propostas que tramitam hoje no Congresso e que podem prejudicar os trabalhadores, os senadores e deputados da frente parlamentar destacam os projetos da terceirização (PLC 30/2015) e da regulamentação do trabalho escravo (PLS 432/2013), além de outros temas que estão em debate no Congresso e que ameaçam direitos da classe trabalhadora, como o desmonte do sistema sindical, a flexibilização trabalhista, com a prevalência do negociado sobre o legislado, e a reforma da Previdência.
Durante a audiência, representantes de sindicatos e parlamentares aproveitaram para criticar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o qual chamaram de golpe. Os trabalhadores alertaram, que a saída de Dilma vai resultar na perda dos direitos dos trabalhadores e das conquistas sociais obtidas no governo do Partido dos Trabalhadores nos últimos 13 anos.