O livro foi criticado por Shashank Joshi, investigador sênior do tnink tank britânico RUSI (Royal United Services Institute) que notou que, antes de se demitir, Shirreff ocupou durante dois anos um dos mais altos postos na chefia da Aliança Atlântica – ele foi o vice-chefe do Quartel-General Supremo das Forças Aliadas na Europa (SHAPE).
Segundo Joshi, a obra de Shirreff é não só um fracasso literário, mas também um dinâmico livro de ficção tecnológica e um desafio militar endereçado ao Ocidente.
"Este livro desabafa todo o ódio acumulado contra Moscou e contra os políticos ‘meio-pacifistas’ de Londres e Berlim, que, de acordo com Shirreff, agem como pigmeus morais frente a uma alegada ameaça iminente", opina o especialista.
Enquanto isso, Sir Richard Shirreff não é o único que continua a retórica militarista contra a Rússia, a sua opinião é apoiada de certa forma por vários especialistas militares. Por exemplo, nota Joshi, recentemente o centro de pesquisa estratégica RAND realizou uma série de jogos militares, com base nos quais os especialistas tiraram a conclusão: a OTAN não pode efetivamente proteger os territórios dos seus países mais vulneráveis.