De acordo com o Ministro da Saúde, Ricardo Barros começando os testes pré-clínicos, que vão ser realizados em primatas e camundongos, a previsão do Instituto Evandro Chagas é a de que a vacina esteja disponível para produção em dois anos.
“A Zika é uma preocupação mundial. Nós temos o nosso instituto Evandro Chagas, que já desenvolveu uma vacina e até novembro ela vai estar pronta. Ainda vai passar por testes clínicos, mas é uma preocupação e nós estamos querendo transmitir tranquilidade ao mundo sobre essa questão”.
A universidade norte-americana é um dos principais centros mundiais de pesquisas de arbovírus, especializado no desenvolvimento de vacinas, assim como o Instituto Evandro Chagas, que é referência mundial de excelência em pesquisas científicas.
O acordo internacional para o desenvolvimento de uma vacina contra o Zika vírus, recebeu investimentos de cerca de R$ 10 milhões do ministério da Saúde.
De acordo com o Instituto Evandro Chagas, o prazo inicial de testes da vacina, que estava previsto para ocorrer em 12 meses, está sendo antecipado para 9 meses.
A vacina vai ser administrada em dose única e vai usar o vírus Zika atenuado. Inicialmente, o público-alvo para a imunização vão ser mulheres em idade fértil. Como o imunobiológico não vai poder ser aplicado em gestantes, o Instituto também está desenvolvendo outra tecnologia, a partir do DNA recombinante do vírus para ser utilizado em grávidas, com perspectiva da vacina estar disponível para testes até fevereiro de 2017.
Após a etapa do desenvolvimento da vacina, a expectativa do Instituto Evandro Chagas é que a partir de fevereiro de 2017 sejam iniciados os estudos clínicos, desta vez, em humanos, para testar a eficácia na população. Essa etapa vai ser realizada pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos/Fiocruz).
O Ministério da Saúde informou ainda que fechou contrato com o Instituto Butantan para financiar a terceira e última fase da pesquisa clínica para a vacina contra a dengue. Nos próximos dois anos, o Ministério da Saúde vai investir R$ 100 milhões para o desenvolvimento do estudo e mais R$ 8,5 milhões no desenvolvimento de soro contra o vírus Zika. Ao todo, a previsão é um investimento de R$ 300 milhões do governo federal para os estudos do Butantan.
Conforme o último Informe Epidemiológico de Microcefalia divulgado pelo Ministério da Saúde, foram confirmados até o dia 14 de maio, 1.384 casos de microcefalia em 499 municípios, localizados em 26 estados brasileiros.