Apesar de Savchenko, Washington seguirá pressionando Moscou

© AFP 2023 / JONATHAN ERNST / POOLMinistro das Relações Exteriores russo Sergei Lavrov e o Secretário de Estado norte-americano John Kerry na reunião bilateral nas margens da reunião dos ministros da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, Belgrado, Sérvia, 3 de dezembro de 2015
Ministro das Relações Exteriores russo Sergei Lavrov e o Secretário de Estado norte-americano John Kerry na reunião bilateral nas margens da reunião dos ministros da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, Belgrado, Sérvia, 3 de dezembro de 2015 - Sputnik Brasil
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A representante permanente dos EUA na ONU Samantha Power declarou que, apesar do retorno da militar ucraniana Nadezhda Savchenko à Ucrânia, os EUA continuarão pressionando a Rússia até que os acordos de Minsk sejam totalmente cumpridos.

Ao comemorar o "fim do pesadelo" de Savchenko e o seu retorno à família e à pátria, a porta-voz americana destacou que outros dois cidadãos ucranianos "Oleg Sentsov e Aleksandr Kolchenko continuam sendo detidos de forma injusta na Rússia".

"Os EUA seguirão pressionando a Rússia para ela cumpra suas obrigações assumidas através dos acordos de Minsk, o que inclui o retorno das pessoas ilegalmente detidas, bem como a retirada de forças russas da Ucrânia e o fim da ocupação russa na Crimeia" –  disse Power.

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Savchenko havia sido condenada na Rússia a 22 anos de prisão pelo assassinato de dois jornalistas russos da Rádio Televisão Estatal da Rússia (VGTRK) em Donbass.

Nesta terça-feira (25), no entanto, a militar retornou à Ucrânia após o presidente da Rússia Vladimir Putin ter assinado o decreto de seu indulto. No mesmo dia, um avião da companhia aérea estatal russa Rossiya trouxe a Moscou dois cidadãos russos: Yevgeny Erofeev e Aleksandr Aleksandrov, que após terem sido detidos em Donbass e condenados na Ucrânia por atividade terrorista foram indultados pelo presidente ucraniano Pyotr Poroshenko.

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Em agosto de 2015, o regente ucraniano Sentsov foi condenado na Rússia a 20 anos de prisão pela acusação de organizar de atos terroristas na Crimeia. Seu suposto cúmplice Aleksandr Kolchenko recebeu a pena de dez anos de prisão.

Em fevereiro de 2014 um golpe de Estado em Kiev promoveu a troca de poder na Ucrânia. As novas autoridades adotaram uma política de caráter nacionalista e totalmente voltada para o Ocidente, ameaçando restringir uma série de direitos e liberdades das populações de origem russa do país. Preocupados com as consequências desta nova ordem, os habitantes da Crimeia, russos em sua grande maioria, optaram por se separar da Ucrânia através de um referendo realizado em março de 2014. Mais de 96% dos habitantes da península apoiaram a sua reintegração com a Rússia. O Ocidente chamou a votação de "anexação". Moscou declarou que o referendo foi realizado em plena conformidade com o direito internacional.

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A legitimidade das novas autoridades de Kiev foi igualmente rejeitada pela maioria das populações das regiões de Donetsk e Luganks, no sudeste do país, e que juntas formam a região de Donbass. Em meados de abril de 2014, a Ucrânia deu início a uma operação militar para reprimir os ânimos independentistas.

A fim de buscar uma solução para o conflito, em 12 de fevereiro de 2015 representantes da Alemanha, Rússia, França e Ucrânia se reuniram na capital da Bielorrússia e determinaram a retirada de tropas e o cessar-fogo completo em Donbass, através da assinatura dos chamados Acordos de Minsk.

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