Segundo os dados da edição, a carta correspondente, assinada pelo vice-diretor da Roscosmos, Sergei Saveliev, foi enviada para várias empresas internacionais na semana passada.
A estatal argumenta a sua recusa pela decisão da parte britânica em 2014 de não permitir as empresas russas participarem da exposição de equipamentos militares DSEI 2015.
Nessa carta Saveliev explicava que esta situação semelhante poderia acontecer novamente neste ano.
"Provavelmente, quase todos os membros da nossa delegação vão enfrentar uma série de barreiras artificiais construídos pelo lado britânico, incluindo numerosas recusas de emitir vistos e a demora do registro de certificados para importação de objetos expostos”, diz a mensagem.
Mais tarde, a Roscosmos confirmou à agência de notícias RIA Novosti a recusa de participar do Farnborough 2016.
Segundo a edição, a única empresa estatal da Rússia que não pretende cancelar a viagem a Farnborough é a United Aircraft Corporation.
Farnborough é uma das maiores mostras de aviação do mundo, que tem lugar cada dois anos no Reino Unido. O primeiro evento se realizou em 1948, a União Soviética começou a participar em 1984.
Em 2014, a delegação russa não pôde participar da exposição por causa da falta de vistos. O Ministério das Relações Exteriores britânico justifica a sua recusa pelas supostas ações da Rússia na Ucrânia. Contudo, o dinheiro que Moscou já tinha pagado para arrendar locais no show aéreo não foi devolvido.