“Um marido deve poder bater suavemente na sua mulher caso ela desafie as suas ordens ou se recuse a vestir-se como ele deseja; caso recuse as relações sexuais sem ter uma desculpa religiosa, caso não tome banho após o ato sexual ou se estiver menstruada”, diz o documento de 163 páginas publicado pelo Conselho.
No entanto, Muhammad Kahn Sherani disse que “bater ligeiramente deve ser o último recurso”.
Estas recomendações aparecem depois de a província do Punjab ter aprovado o Ato de Proteção das Mulheres Contra a Violência Doméstica, que estabelece um programa de proteção para as vítimas de violência de género e reitera a igualdade de mulheres e homens perante a lei.
No dia 17 de março, quando o Ato de Proteção das Mulheres Contra a Violência Doméstica foi aprovado na região do Punjab, milhares de pessoas saíram à rua protestando sob o lema “Não à libertação das mulheres, como na cultura ocidental”. Centenas eram mulheres.
O filho da falecida primeira-ministra, Bilawal Bhutto Zardari, disse à revista Newsweek do Paquistão que quem merece “pancadas ligeiras” são os membros do conselho.