"Mesmo se o pedido de aceitar a venda de 10000 automóveis for satisfeito, trata-se de um número quase simbôlico. A questão toda é muito mais séria. Trata-se da permanência ou não da Fiat no mercado sérvio e do grau da mesma. No entanto, se Fiat ganhar acesso ao imenso mercado euroasiático, isso, certamente, aumentaria as chances de comercialização destes automóveis e, quem sabe, influenciaria a decisão sobre a permanência da fábrica da Fiat na Sérvia", explicou Savic.
Savic lembrou que, conforme acordo vigente, o regime de preferência se aplica a 85% dos produtos sérvios exportados para a Rússia, o Cazaquistão e a Bielorrússia.
"Essa é uma vantagem muito séria frente a outros países, cujos produtos não tem isenção de todas as tarifas alfandegárias. Quanto à competitividade dos nossos produtos, nós até hoje, infelizmente, não possuimos uma estratégia bem elaborada de permanência nesse grande mercado que, obviamente, mudou muito nos últimos 30 anos. Por isso temos dificuldade para aproveitar todas as vantagens desse acordo", concluiu Savic.
A UEE, bloco de integração econômica no espaço pós-soviético formado por Rússia, Bielorrússia, Cazaquistão, Armênia e Quirguistão, coordena as políticas dos Estados membros em indústrias-chave. O Conselho Econômico Supremo da UEE é o órgão executivo-chefe do bloco e é constituído pelos presidentes dos países integrantes.