Isto foi afirmado pelo comandante do Distrito Militar Leste, coronel-general Sergei Surovikin. Segundo ele, “no âmbito de resolução destas questões, o Ministério da Defesa realizou uma expedição única da Sociedade Geográfica Russa às Curilas". A sua finalidade é analisar a possibilidade de criação de uma base da Frota do Pacífico na ilha de Matua. O especialista militar russo Vasily Kashin comenta esta declaração à Sputnik.
Durante o período de domínio japonês nas Curilas, Matua, uma pequena ilha — cerca de 50 quilômetros quadrados, foi transformada pelos japoneses em uma fortaleza inexpugnável. Naquele tempo, a Matua era povoada pelo povo indígena dos ainus mas, ainda antes da guerra, eles foram expulsos da ilha pelos japoneses. Desde então, os habitantes da ilha passaram a ser apenas os militares. Na ilha foi estabelecida uma guarnição com milhares de efetivos, foram construídas muitas centenas de metros de túneis subterrâneos, foi construído um grande número de fortificações. Mas, após da entrada da União Soviética na guerra no Pacífico, a guarnição da ilha se rendeu sem luta.
É especialmente importante que na ilha japonesa haviam sido construídos três grandes aeródromos com pistas de concreto, que se mantiveram até agora. Perto de Matua fica a pequena ilha de Toporkov – com apenas 1,3 km quadrados. Ela protege uma parte da costa da Matua e permite criar um porto de fácil acesso.
A frota russa terá à sua disposição uma ilha-fortaleza única, com um grande número de fortificações, galerias subterrâneas, quartéis e armazéns e até mesmo coberturas subterrâneas para pequenas embarcações. Os três aeródromos na ilha vão ajudar a manter um grande grupo de aviação, e ter o controlo sobre a área circundante.