Por causa de complicações depois da operação, JC começou de súbito a falar francês. O curioso é que ele, antes da operação sabia esta língua apenas de modo superficial: tivera aulas na escola e na altura pouco tempo falou com uma namorada francesa. O francês do paciente não é bom, mas soa bastante engraçado, porque JC imita a pronúncia dos atores de filmes franceses.
Ao fazer testes de fala em italiano, primeiro tenta responder em francês, mas logo passa para o italiano. Além da mistura de línguas, no seu comportamento surgiram outras excentricidades: ele compra muita roupa e comida, sente uma euforia infundada e tem atividade social excessiva: de manhã ele abre a janela e grita "bonjour" (bom dia), oferece aos vizinhos dar aulas de francês.
Os especialistas afirmam que "o anterior conhecimento da língua, embora fosse superficial e por muito tempo esquecido, depois da lesão do cérebro pode ter se 'ligado' e tornado um comportamento compulsivo".