O Japão reivindica quatro ilhas do arquipélago das Curilas nos termos de um tratado bilateral de 1855 e impõe como condição para a conclusão do tratado de paz a devolução desses territórios por parte da Rússia. No entanto, Moscou argumenta que as ilhas disputadas passaram a fazer parte da União Soviética após a Segunda Guerra Mundial, de modo que a soberania russa sobre elas tem base jurídica internacional e não pode ser questionada ou ser sujeita a revisão.
"Nós não o fazemos e não vamos fazê-lo, não vamos ceder as ilhas Curilas e não vamos implorar o Japão por um acordo de paz", disse Lavrov, em uma entrevista à edição russa kp.ru.
Após uma reunião com o presidente russo, Vladimir Putin, no início de maio, o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, disse que ele sugeria uma nova abordagem para a disputa das ilhas Curilas.