Em discurso, Temer disse que o momento é de se colocar os interesses partidários ou individuais de lado em prol dos interesses do Brasil.
“Tenho a mais absoluta convicção de que é possível reverter esse quadro, retomar a confiança e o crescimento. É neste esforço que nós todos, não só os membros do governo, mas as figuras expressivas da área empresarial, da área dos trabalhadores levarão adiante. Eu quero reiterar o meu compromisso com a União do país. Temos que nos dar as mãos na tarefa de juntar os contrários, no extraordinário esforço de colocar os interesses do Brasil, acima dos interesses dos grupos.”
O presidente interino aproveitou ainda para responder novamente às críticas sobre seu governo, garantindo que apesar dos cortes e sacrifícios, os percentuais referentes à saúde e à educação não serão modificados.
“Nós teremos sacrifícios. Quero registrar para não haver exploração no sentido contrário, e sem embargo da redução, e limitação das despesas, os percentuais referentes à saúde e à educação não serão modificados. Muitas vezes eu vejo, ouço, leio afirmações de que este governo vai destruir tudo que diz respeito aquilo que mais toca aos setores sociais. Eu faço questão de enfatizar que todas essas medidas não resolverão da noite para o dia os nossos imensos problemas, mas é preciso imediatamente recuperar a confiança do povo brasileiro no seu futuro. É urgente, urgentíssimo reencontrar o caminho do crescimento econômico e da geração de empregos de qualidade.”
Ao dar orientações aos novos presidentes das estatais, Michel Temer fez questão ainda de afirmar que não haverá interferência por parte do governo na Operação Lava-Jato, cobrando que os novos empossado tenham transparência e eficiência em suas gestões como a sociedade exige.
“Eu quero revelar pela enésima vez que ninguém vai interferir na chamada Lava-Jato. A toda hora eu leio uma ou outra notícia, de que o objetivo é derrubar a Lava-Jato. Por isso eu tomo a liberdade, sem nenhum deboche, de dizer pela enésima vez, que não haverá a menor possibilidade de qualquer interferência do Executivo nessa matéria.”
Tomaram posse nesta quarta-feira (1º) os presidentes da Petrobras, Pedro Parente; da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi; do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli; do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Maria Silvia Marques, e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Ernesto Lozardo.