Indignados com a decisão de Lira, os parlamentares da antiga base governista de Dilma decidiram abandonar a sessão e foram seguidos, logo depois, pelo advogado da presidente afastada, José Eduardo Cardozo. Eles queriam que os mais de 80 requerimentos fossem discutidos e votados um a um para que a defesa pudesse fazer argumentação sobre todos, ou então que fosse concedida vista coletiva para que a votação ocorresse em outro dia. A decisão de Lira de votar os requerimentos em bloco provocou a acusação de Cardozo de cerceamento do direito de defesa.
Foram rejeitados os pedidos para que áudios e conteúdos de delações premiadas fossem incluídos como provas no processo e aprovados apenas os requerimentos para que o TCU e a Secretaria do Tesouro Nacional prestem informações sobre os decretos de suplementação orçamentária e o Plano Safra – que embasam a acusação contra Dilma.
Ao deixar a reunião, Cardozo disse ainda que iria se queixar com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e e presidente do processo de impeachment, ministro Ricardo Lewandowskil, e pedir que a votação dos requerimentos seja refeita. "Não querem nem perder tempo com votaçao. É uma situação que não é um processo de impeachment, nem sua ritualística. Nem o rito é respeitado mais. Eles querem acabar o pocesso em junho. É uma violência brutal", afirmou o advogado.