Dentro alguns dias, os funcionários da Unidade Nacional Contra Terrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária (PJ) irão a Roma para acompanhar Frederico Carvalhão Gil. Ele será interrogado ao longo de dois dias.
O espião português, que trabalhava há mais de 20 anos no SIS, foi apanhado na tentativa de vender documentos classificados como "muito secretos" e relacionados com a segurança da OTAN. Segundo escreve a edição portuguesa Público, esta não foi a primeira vez. Cada venda custava quase dez mil euros (aproximadamente 40 mil reais).
O Público cita o Código Penal, que por sua vez estabelece que quem "colaborar com governo, associação, organização ou serviço de informações estrangeiros" é punido com pena de prisão de três a dez anos. Mas o funcionário do SIS arrisca uma pena de prisão mais pesada, que pode ir até 15 anos, porque ele violou "um dever imposto pelo estatuto da sua função ou serviço".