A edição conta com mais de 50 espetáculos, com 8 estreias nacionais, reunindo cerca de 1500 artistas, técnicos, diretores e produtos.
Em entrevista exclusiva para a Sputnik, o Jornalista e idealizador da FITA, João Carlos Rabello falou sobre a história o do festival, que já está sendo considerado como o maior desde sua criação em 2004.
“Começamos em 2004, imaginando um festival de teatro do ponto de vista da plateia, onde a plateia fosse privilegiada. Escolhemos espetáculos de extrema qualidade, mas que tivessem uma pegada popular, e com essa programação reunimos já na primeira edição para espanto de todos uma plateia lotada de mil pessoas por espetáculos.”
De lá para cá o evento só cresceu. João Carlos Rabello destacou que o festival conta hoje com duas tendas, uma de 1500 lugares e outra de 500 montadas na Praia do Anil, além de um espaço especial do Sesc Rio, onde acontecem debates, palestras e entrevistas com os atores e diretores dos espetáculos, além de incentivar o turismo local.
“Hoje, o nosso teatro tem 1500 lugares, e chegamos a bater de 80 a 100 mil pessoas por edição. Esse ano vamos ter 52 espetáculos, em torno de 100 apresentações. Hoje temos espetáculos populares, e ao mesmo tempo temos espetáculos de pesquisa, mais intimistas, mais cabeça e temos todas essas plateias lotadas.”
O jornalista ressaltou a importância do festival como uma porta de entrada para todos os tipos de espetáculos existentes no Brasil e internacionalmente, oferecendo oportunidades para que artistas que normalmente não estão no circuito dos grandes festivais estejam presentes na FITA.
“Para o ator brasileiro, estar circulando pelo Brasil a fora já é uma coisa importante. Tem diversos espetáculos, que normalmente não estão em festivais, e que aqui eles tem a chance de estar, como por exemplo, as grandes comédias, também temos um espaço só para infantil. Nós abrimos um leque para todos os tipos de teatro. Para a classe artística isso é extremamente importante, e eles reconhecem isso como importante para a cena teatral brasileira, e para essa troca internacional, sempre que podemos trazemos grandes companhias internacionais. Esse ano não privilegiamos isso, mas já estamos organizando para o ano que vem a presença de quatro companhias importantes.”
Sobre o atual momento político para a cultura brasileira, após a queda e retomada do Ministério da Cultura, João Carlos Rabello avalia que a Cultura no Brasil com ou sem Ministério sempre foi relegada a segundo plano, mas com a ampliação da questão agora, o jornalista espera que aconteça um grande projeto cultural para o país e beneficie principalmente a população.
“Tomara que isso seja feito de uma forma que atenda a todos, e não só privilegie alguns grupos teatrais brasileiros ou de música, que seja realmente uma coisa que atenda a população. Eu acho que a política cultural tem que ser vista do ponto de vista da população.”
Para saber toda a programação acesse o site da FITA.