O relatório foi lido na semana passada e pede a cassação do mandato de Eduardo Cunha. Na ocasião, alguns deputados pediram um pouco mais de tempo para analisarem melhor o documento.
No parecer, o relator Marcos Rogério alega que Cunha quebrou o decoro Parlamentar e deve perder o mandato, porque, conforme sua interpretação, o deputado afastado mentiu quando disse à CPI da Petrobras que não possui contas no exterior.
O processo que já dura sete meses, o mais longo da história da Câmara poderá ser decidido pela deputada Tia Eron (PRB-BA). Até o momento, há dez votos declarados contrários à cassação de Cunha e nove favoráveis entre os titulares do conselho. Caso a deputada devida votar a favor, o presidente do colegiado, deputado José Carlos Araújo (PR-BA) vai ter que dar o voto de minerva para definir a cassação de Eduardo Cunha.
Apesar da possibilidade do empate, José Carlos Araújo disse que não acredita que terá que dar o voto que irá definir o processo.
“Espero que os deputados leiam o relatório, entendam a gravidade da situação do Brasil, vejam as provas que foram apresentadas. O relator foi contundente, foi brilhante no seu relatório. É um relatório que mostra com provas robustas tudo o que ele falou, tem provas. Então, não vejo como algum deputado pode escamotear e querer votar contra o relatório do deputado Marcos Rogério."
José Carlos Araújo informou ainda, que caso a votação não se encerre nesta terça-feira (7) ele vai convocar sessões para os dias seguintes, até que o processo seja concluído.