Tudo começou em Palmira
Esta ofensiva nunca aconteceria se a Rússia não tivesse oferecido sua assistência militar a Damasco em setembro de 2015. No final de março, forças sírias libertaram a cidade de Palmira, onde se encontram ruínas antigas de valor inestimável, destruídas parcialmente pelo Daesh que controlou a cidade durante dez meses.
"Psicologicamente, Palmira foi imensa. Você pode ver hoje o resultado. Você o viu em Aleppo e agora em Raqqa. [As forças sírias] limparão esta província. A verdadeira capital do Daesh será conquistada e recuperada pelo Exército sírio", disse a diretora de programas para o Instituto Shafaqna de Estudos do Médio Oriente.
A própria Shakdam deu várias estimativas de quando essa vitória poderia ter lugar.
O Exército sírio poderá estar em grande vantagem em Raqqa "talvez até o final do Ramadã". O mês sagrado muçulmano vai acabar no início de julho. Na Síria "podemos ver grandes mudanças" em relação ao Daesh. O grupo "poderá estar literalmente em fuga" ou desaparecer completamente.
Daesh está 'literalmente em fuga'
Esse processo já começou. Na verdade, o grupo radical que ainda controla algumas partes da Síria e do Iraque está recuando há mais de um ano.
"Eu acho que os militantes do Daesh estão realmente em fuga. As áreas que eles controlam diminuem muito rapidamente e o Exército Sírio se consolidou com ajuda dos russos e, claro, do Irã e do Hezbollah. Ele está conquistando e recuperando territórios", disse a analista.
O Daesh, em sua opinião, se tornou uma sombra do que era anteriormente.
A 'arma de guerra assimétrica' da Turquia
O Daesh e outros grupos radicais, que tentam derrubar Bashar Assad, serão destruídos mais cedo, se não conseguirem receber ajuda do exterior. Países como a Turquia e a Arábia Saudita usam os terroristas para alcançar seus próprios fins geopolíticos, apontou a analista.
"O problema é que existem Estados, como a Turquia, que usam o terrorismo como uma arma de guerra assimétrica. Eles tentam usá-lo como uma forma nova de imperialismo", disse ela. "A Turquia tentou transformar a Síria em mais uma província do império que Erdogan tenta reconstruir".