Sabrina de Sousa, uma antiga espia com dupla nacionalidade – norte-americana e portuguesa –, foi detida no aeroporto de Lisboa em outubro de 2015. Ela estava alegadamente envolvida no sequestro em Itália do islamita egípcio Abu Omar. As autoridades italianas condenaram Sabrina a quatro anos de prisão.
A ex-espia afirmou que não pode prestar informações em sua defesa porque são secretas e têm a ver com o governo norte-americano. Há que notar que, além de Sabrina, no sequestro estiveram envolvidas mais 26 pessoas, algumas das quais já foram indultadas pelas autoridades da Itália, informou o site RTP Notícias.
A decisão de extraditar Sabrina foi tomada em janeiro de 2016 pelo Tribunal da Relação de Lisboa, mas o advogado da ex-agente interpôs um recurso, por duas vezes, para instâncias superiores a fim de anular a decisão. Esta acabou sendo confirmada em março pelo Supremo Tribunal de Justiça. Com a decisão final do Tribunal Constitucional a favor de extradição, termina assim o processo, que durava há vários meses.
É curioso o fato de os EUA não terem prestado qualquer ajuda à ex-agente da CIA. Segundo a RTP Notícias, Sabrina já pediu o indulto ao presidente italiano mas ainda não recebeu resposta.
A data da extradição ainda não está marcada, devendo ser acordada com a parte italiana.