Segundo explica à edição El Mundo Matthew Webster, o pesquisador deste projeto, estas abelhas são as únicas que podem se reproduzir desta forma, embora um comportamento semelhante tenha sido observado em algumas espécies de formigas e vespas.
No caso das abelhas do Cabo, as fêmeas operárias fecundam os ovos, se necessário, com seu próprio DNA.
"As abelhas operárias do Cabo põem ovos diploides [isto é, com dois conjuntos completos de cromossomos, como as células de adultos] graças a um tipo de divisão celular anormal chamada telitoquia", disse Webster ao El Mundo.
Aparentemente, este método é usado pelas fêmeas quando elas se encontram com uma espécie diferente de abelhas, atuando como parasitas da colônia 'estrangeira'. Em condições normais, as abelhas se reproduzem de forma habitual.
No entanto, Webster não tem certeza em relação às vantagens deste método. "Sabemos que este tipo de abelhas só se encontra em uma ecorregião particular [Fynbos], no sul da África do Sul, então talvez se trate de um mecanismo de adaptação para viver lá", salientou o pesquisador.