Europa deve 'largar os EUA' para evitar austeridade e se voltar para Rússia

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O impasse atual entre o G7 e a Rússia permanecerá até que os membros europeus do grupo deixem a política da OTAN e dos EUA, disse Michael Hudson, presidente do Instituto para o Estudo de Tendências Econômicas de Longo Termo, à Rádio Sputnik.

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A entrevista foi feita depois de o ministro alemão da Economia e Tecnologia Sigmar Gabriel pedir às nações do G7 que permitam à Rússia regressar ao grupo econômico o mais rápido possível.

Hudson, por sua vez, alertou a Europa para o fato de estar politicamente subjugada pelos Estados Unidos.

"Enquanto a Europa continua a ser quase uma colônia política dos EUA, ela pode esperar por mais austeridade e mais retração industrial", disse ele.

No que refere às relações entre o G7 e a Rússia, Hudson também advertiu contra a influência de Washington no grupo.

"As relações não vão melhorar muito até que o G7 esteja disposto a deixar a política dos Estados Unidos e da OTAN, e enquanto os países do G7 deixam sua política externa ser definida pelos comandantes militares da OTAN", disse ele.

Enquanto isso, em entrevista ao site alemão Russlandkontrovers, Sigmar Gabriel disse que a Rússia era um jogador global importante e que a exclusão do país do grupo a longo prazo só iria agravar as divisões existentes e não iria ajudar a alcançar qualquer solução política.

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Gabriel também salientou que, apesar das tensões e problemas atuais, a Rússia continua sendo um importante parceiro econômico para a Alemanha. Ele acrescentou que é importante fortalecer os grupos internacionais quando há as disputas para resolver.

Os comentários do ministro alemão dos Assuntos Econômicos chegaram poucos dias depois de um alto conselheiro da chanceler alemã Angela Merkel dizer que hoje é muito cedo para discutir o levantamento das sanções contra a Rússia.

A extensão das sanções antirrussas será uma prioridade na agenda da cúpula de dois dias da União Europeia, que começa em 28 de junho. Se espera que Hungria, Chipre, Grécia, Itália e Eslováquia peçam o abrandamento ou levantamento das medidas restritivas.

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